Atualmente muitas questões exigem um tratamento interdisciplinar. Em outras palavras, os profissionais têm percebido a necessidade de trabalhar em equipe com outros especialistas para melhor tratar algumas questões. Essa “atitude” é responsável pelo avanço do conhecimento humano, pois é a soma de saberes –que antes eram específicos – que tem permitido encontrar soluções para as questões complexas que enfrentamos na nossa sociedade.
As neurociências e a neuropsicologia se enquadram nesse movimento de unir saberes para se conhecer melhor um objeto. No caso, as neurociências envolvem todos os tipos de conhecimentos que ajudem a entender o sistema nervoso, apesar de ser mais facilmente associada com os ramos da biologia, química e medicina, isso devido aos aspectos moleculares, celulares, estruturais, evolutivos e funcionais. As neurociências têm ampla interlocução com as ciências, podendo tanto englobar quanto colaborar com os mais diversos campos, como por exemplo: psicologia e outras áreas da saúde, educação, ciências da computação, física, linguística, engenharias, etc. Sendo assim, uma pessoa de qualquer área que se dedique a estudar o sistema nervoso cientificamente pode se tornar um neurocientista.
A neuropsicologia é um ramo mais específico das neurociências. Seu propósito é compreender como o funcionamento do sistema nervoso central, que engloba outras estruturas além do cérebro, pode interferir na cognição (ou seja, no conjunto do que acontece na atividade mental) e no comportamento humano. A neuropsicologia teve em sua origem um enfoque do estudo na relação entre as lesões e disfunções do sistema nervoso com os prejuízos nas capacidades cognitivas e comportamentais dos pacientes. No entanto, atualmente, ela engloba também as características saudáveis e que podem potencializar ou aprimorar essas funções.
Indicações da Neuropsicologia
Indica-se a neuropsicologia para o tratamento (rehabilitação) e/ou para a avaliação de comprometimento cognitivo e/ou comportamental, nos seguintes casos:
- Quadros ou suspeita de problemas de ordem neurológica como, por exemplo, acidente vascular cerebral; Alzheimer e outras demências; bem como, síndromes do desenvolvimento humano como autismo e retardo mental.
- Quadros ou suspeita de problemas psiquiátrica tais como esquizofrenia; transtornos de humor como a depressão. E às vezes para avaliar efeitos secundários da medicação e evolução do tratamento.
- Quadros ou suspeitas de transtornos do desenvolvimento e da aprendizagem como, por exemplo, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia, discalculia; etc.
- Em quadros de dependência química, bem como qualquer circunstância de uso de substância psicoativa que possa causar prejuízos no funcionamento do sistema nervoso.
Créditos e referências bibliográficas:
Imagem capa: link de origem
Imagem: “Maybe when all this is over“
Artista: Morysetta
Site: morysetta.com
Modificação: Equipe Diálogo Psi
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Autor(a):
Nathalia Santos da Costa – Psicóloga e mestre em Neurociências (UFMG), pós graduada em Neuropsicologia (FUMEC). Experiência clínica em psicoterapia, avaliação neuropsicológica e orientação profissional e de carreira. Experiência em docência em cursos de graduação, pós- graduação de psicologia e psicopedagogia e capacitações em instituições de ensino.
Outros textos dessa autora:
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- A tomada de decisões com emoção
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- Aprender, uma tarefa para o cérebro! – parte II
- Aprender, uma tarefa para o cérebro!
Nathalia Santos da Costa
Psicóloga e mestre em Neurociências pela UFMG, pós graduada em Neuropsicologia pela FUMEC. Experiência clínica em atendimento psicoterapêutico, avaliação neuropsicológica e orientação profissional e de carreira. Experiência em docência em cursos de graduação, pós- graduação de psicologia e psicopedagogia e capacitações em instituições de ensino.
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Autoria do texto
Nathalia Santos da Costa
Psicóloga e mestre em Neurociências pela UFMG, pós graduada em Neuropsicologia pela FUMEC. Experiência clínica em atendimento psicoterapêutico, avaliação neuropsicológica e orientação profissional e de carreira. Experiência em docência em cursos de graduação, pós- graduação de psicologia e psicopedagogia e capacitações em instituições de ensino.
Oi Nathalia, tudo bem? Eu gostaria de fazer especialização em neuropsicologia, de preferência à distância. Você conhece alguma instituição em Belo Horizonte que possa me atender? Talvez esse não seja o tipo de pergunta pertinente ao propósito dessa página, mas agradeço desde já e acho suas publicações excelentes.
Boa tarde José, vamos responder suas duvidas por e-mail. Um abraço da equipe DiálogoPsi
Minha mae esta com alzheimer, e muito dificil de lhe dar. vao escrever sobre essa doenca? seria muito bom
OI Penha,
Obrigada pela sugestão. o próximo texto já tinha um tema elencado, mas vou me preparar para uma próxima publicação. Abraço