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Hoje, dia 10 de Setembro, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio instituído pela Organização Mundial de Saúde. Diferentes atividades marcam a data e nos convidam pensar sobre a importância de preservar a vida e de estarmos atentos aos sentimentos de quem está por perto.
Para compreendermos melhor a importância desse dia, precisamos falar mais sobre um grande tabu: o suicídio.
O estigma, particularmente em torno de transtornos mentais e suicídio, faz com que muitas pessoas que estão pensando em tirar suas próprias vidas ou que já tentaram suicídio não procurem ajuda e, por isso, não recebam o auxílio que necessitam. A prevenção não tem sido tratada de forma adequada devido à falta de consciência do suicídio como um grave problema de saúde pública. Em diversas sociedades, o tema é um tabu e, por isso, não é discutido abertamente. Até o momento, apenas alguns países incluíram a prevenção ao suicídio entre suas prioridades de saúde e só 38 países relatam possuir uma estratégia nacional para isso.
Sensibilizar a comunidade e quebrar o tabu são ações importantes aos países para alcançar progressos na prevenção do suicídio.
A dimensão do problema
O comportamento suicida ganha impulso a cada ano, tanto em termos numéricos como em termos de impacto. Observando alguns dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) podemos compreender sua dimensão:
- A cada 40 segundos, aproximadamente, uma pessoa comete suicídio no mundo. E a cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida.
- O número de mortes por suicídio, em termos globais, gira em torno de 800 mil pessoas por ano, sendo que, para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam o suicídio.
- 79% dos suicídios no mundo ocorrem em países de baixa e média renda.
- Na faixa etária entre 15 e 35 anos, o suicídio está entre as três maiores causas de morte.
- Em indivíduos entre 15 e 44 anos, o suicídio é a sexta causa de incapacitação.
- Para cada suicídio há, em média, cinco ou seis pessoas próximas ao falecido que sofrem com as consequências emocionais, sociais e econômicas.
Embora pouco se fale a respeito, o suicídio é mais comum do que se imagina. No Brasil, já se tornou um problema de saúde pública com o registro de aproximadamente nove mil suicídios por ano. O número de casos também aumentou significativamente em povos indígenas, especialmente entre jovens.
Causas do comportamento suicida
Não existe uma causa única ou razão óbvia para o comportamento suicida. Ele é o resultado de uma complexa interação de fatores (biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais). Mas, existem sinais que podemos procurar na história de vida e no comportamento que poderiam indicam se essa pessoa tem risco de manifestar comportamento suicida. Portanto, deve-se ficar mais atento com aqueles que apresentam:
- Tentativa de suicídio anterior ou menção repetida de morte ou suicídio;
- Doenças psiquiátricas sem acompanhamento psiquiátrico e psicológico adequado;
- Alcoolismo e abuso do uso de drogas;
- Mudanças repentinas e significativas na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão ou apatia persistentes;
- Odiar-se, sentimentos de culpa, de desvalorização, vergonha, etc.;
- O enfrentamento de conflitos, desastres, violência, abusos ou perdas recentes e significativas acompanhadas de luto persistente, sentimentos de solidão, impotência, desesperança;
Vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momentos de crise, com um colapso na capacidade de lidar com os estresses da vida – tais como lutos, problemas financeiros, términos de relacionamento, dores crônicas e adoecimentos. Justamente por isso, existem serviços de apoio para tais momentos de crise, como o Centro de Valorização da vida (CVV) e serviços de Urgência Psicológica.
Ligue 188 – Centro de Valorização da Vida
- Site: cvv.org.br
- Disponível 24 horas por telefone
Serviços de Urgência Psicológica ou Plantão Psicológico
- Normalmente as clínicas escola de psicologia das universidades oferecem estes serviços. Por exemplo, em BH, pela UFMG:
- Plantão Psicológico para toda a comunidade da UFMG
“Quem quer se matar não avisa.”
A maioria das pessoas com ideias de morte comunica seus pensamentos e intenções suicidas, pelo menos dois terços das pessoas que tentam suicídio já havia comunicado de alguma maneira sua intenção. Ou seja, elas frequentemente dão sinais e fazem comentários sobre algum desejo de morte ou sobre sentimentos de desvalia.
Todos esses pedidos de ajuda não podem ser ignorados. Fique atento às frases de alerta.
- “Eu preferia estar morto”.
- “Eu não posso fazer nada”.
- “Eu não aguento mais”.
- “Eu sou um perdedor e um peso pros outros”.
- “Os outros vão ser mais felizes sem mim”.
O que fazer se identificar sinais de intenção suicida?
- Ouvir, ficar calmo e dar apoio.
- Levar a situação a sério e verificar o grau de risco, se o risco for alto fique com a pessoa e remova os meios pelos quais ela possa se matar.
- Nunca ignorar a situação, fazer o problema parecer trivial ou desafiar a pessoa a continuar em frente.
- SEMPRE buscar um profissional capacitado! Busque ajuda!
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Referências
- ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria. Cartilha: “Prevenção do Suicídio: Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental”
- Relatório sobre suicídio no mundo da OMS
- Ministério da Saúde – Site
- OMS – Organização Mundial da Saúde. Cartilha: “Prevenção do suicídio: Um manual para profissionais da saúde em atenção primária”

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