Junho: Mês de luta e representatividade LGBTQIAPN+

Mês de comemoração do Orgulho Gay

Os meses de Maio e Junho são marcados com datas muito importantes para a representatividade LGBTQIAPN+. Em primeiro lugar, pelo dia 17 de maio, que é o “Dia internacional da luta contra a LGBTfobia”. Em seguida, com o dia 28 de Junho, “Dia Internacional do Orgulho Gay”.

O dia 28 de Junho foi escolhido como dia do orgulho com o propósito de relembrar a Rebelião de Stonewall em Nova York (28/junho/1969). Uma vez que, na época, a comunidade enfrentava fortes políticas e violências anti-homossexuais na cidade. Por consequência, ocorreu uma série de manifestações espontâneas contra uma invasão violenta da polícia no bar Stonewall, conhecido pela sua popularidade entre a comunidade gay da região. Assim, esse acontecimento marcou o movimento, elevando o 28 de junho a uma data de resistência e orgulho para a comunidade ao redor do mundo.

O que significa LGBTQIAPN+? Por que a sigla é tão grande?

Em princípio, vamos conhecer o significado de cada letra da sigla, que representa um membro diferente da comunidade:

  • L – Lésbicas. — Mulheres que sentem atração por pessoas com o mesmo gênero (feminino). (Leia mais…)
  • G – Gays. — Homens que sentem atração por pessoas com o mesmo gênero (masculino).
  • B – Bissexuais. — Pessoas que sentem atração por mais de um gênero.
  • T – Transgêneros. — Pessoas que não se identificam com o gênero imposto ao nascimento. Dentro desse grupo estão as pessoas Transexuais, que se identificam com o gênero oposto, e as Travestis, pessoas que vivenciam o gênero feminino, mas  não se reconhecem exatamente como homens ou mulheres, conforme o  esperado  pela sociedade. 
  • Q – Queer. — Categoria guarda-chuva que abarca qualquer pessoa que não se sente confortável em nenhum dos grupos e “transita” entre os gêneros, não sabendo muitas vezes como se definir. 
  • I – Intersexual — Pessoas que apresentam características biológicas de ambos sexos. Logo, essa categoria está ligada às categorias anatômicas e fisiológicas, diferentemente de outras que se referem à identidade de gênero ou orientação sexual. 
  • A – Assexual — Termo guarda-chuva que abarca pessoas com ausência de atração sexual de alguma forma, sejam elas totais, parciais ou condicionadas a uma determinada situação. 
  • P – Pansexuais — Pessoas que se atraem por pessoas sem levar em consideração gênero ou sexo. 
  • N – Não-bináries — Pessoas que não se identificam com a binaridade de gênero social, identificando-se com gêneros que fogem a esse padrão. Estão incluídas pessoas cujo gênero transita constantemente e pessoas que não se reconhecem com nenhum gênero existente. 
  • + – Sinal para incluir grupos e variações que podem não estar presentes ou que ainda não têm a devida visibilidade. Afinal de contas, o movimento é sobre somar e não subtrair.

Em síntese, a sigla surgiu para ser substituir o termo “gay” que não abrange e não representas todos os membros que fazem parte da comunidade e do ato.

Então, qual a diferença entre Travestis, Transexuais e Transgêneros? Gênero? Sexo? Orientação sexual? E o que eu tenho a ver com isso? 

Em resumo, buscarei responder a esta e outras perguntas sobre o tema, ao longo de uma série de textos que irei publicar aqui. Ao final de cada texto darei dicas de filmes, documentários, livros, séries, HQ’s e desenhos que abordam a temática. Seguindo a ordem da sigla, Lésbicas e Gays, indico alguns filmes recentes e premiados que abordam as discussões de gênero e sexualidade.

Dicas de filmes:

  • Carol (2015) – Reino Unido, EUA <<Link>>
  • Azul é a cor mais quente (2013) – França <<Link>>
  • Flores raras (2013) – Brasil <<Link>>
  • Hoje não quero voltar sozinho (2014) – Brasil <<Link>>
  • Me chame pelo seu nome (2017) – França, Itália,EUA, Brasil <<Link>>
  • Moonlight: Sob a luz do luar  (2016) – EUA <<Link>>
  • Bridegroom (2013) – EUA <<Link>>
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Autoria do texto
Jéssica Bragança Cerveira

Psicóloga formada pela UFMG e atuou na Prefeitura de Belo Horizonte no Centro de referência LGBT juntamente com o NUH- Núcleo de direitos humanos e cidadania LGBT da UFMG.

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