A empatia é uma habilidade fascinante e essencial nas relações humanas. Trata-se da capacidade de sentir com as pessoas, conectando-se genuinamente às suas emoções e experiências. É o que nos permite criar laços profundos e oferecer acolhimento.
De acordo com a pesquisadora Theresa Wiseman, que estudou a relevância da empatia em diversas profissões, ela pode ser compreendida a partir de quatro pilares principais:
- Tomada de perspectiva: a habilidade de enxergar e reconhecer a perspectiva do outro como válida.
- Ausência de julgamentos: um desafio, especialmente em um mundo onde tendemos a julgar rapidamente.
- Reconhecimento das emoções: identificar o que o outro está sentindo.
- Comunicação dessas emoções: demonstrar que compreendemos e validamos o que o outro expressa.
Empatia é, antes de tudo, uma escolha. Escolher estar vulnerável ao lado de alguém. Para isso, precisamos nos conectar a uma parte de nós mesmos que compreende o sentimento vivido pela outra pessoa.
Empatia x Simpatia: Qual é a diferença?
A diferença entre empatia e simpatia pode ser ilustrada com um exemplo simples: imagine uma pessoa presa em um buraco profundo.
- O empático desce até o fundo e diz: “Eu sei como é estar aqui embaixo, e você não está sozinho.”
- O simpático, por outro lado, fica no alto do buraco e exclama: “Nossa, que situação terrível!”
A empatia exige envolvimento e conexão genuína, enquanto a simpatia muitas vezes é uma reação superficial.
Além disso, a empatia nunca começa com frases como “Pelo menos…”. Essa expressão, embora bem-intencionada, minimiza a dor do outro. Veja alguns exemplos:
- “Eu tive um aborto.”
- Simpático: “Pelo menos você já tem outro filho!”
- “Meu casamento está em crise.”
- Simpático: “Pelo menos você é casado.”
Em conversas difíceis, os simpáticos tentam melhorar o quadro para a outra pessoa e acabam, forçosamente, tentando mudar sua perspectiva das coisas. Quando alguém compartilha algo difícil, o que essa pessoa realmente precisa é ser ouvida e compreendida, não ter suas emoções invalidadas ou sua experiência relativizada. A empatia não busca corrigir a situação, mas estar presente na dor do outro, oferecendo acolhimento.
A força da conexão
Quando dividimos algo íntimo e doloroso, o que buscamos é pertencimento, não uma solução imediata. Uma resposta empática poderia ser simplesmente: “Eu não sei o que dizer, mas agradeço por confiar em mim e compartilhar isso.”
Raramente uma frase pode mudar o fato vivido por alguém, mas a conexão entre as pessoas tem o poder de tornar o peso mais leve. É essa conexão que nos faz sentir acolhidos, compreendidos e pertencentes.
A empatia é um convite a caminhar lado a lado, reconhecendo e acolhendo o que o outro sente. Afinal, o que realmente transforma não são as palavras, mas a presença.
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Comentários
Uau, isso mesmo! ❤❤❤
Jandirá <3
Show!!! Concordo plenamente.
Obrigada Almir <3