Lista de metas de final de ano:

1. Perder peso
2. Aprender ou tentar algo novo
3. Guardar dinheiro
4. Ser feliz
5. Fazer exercícios físicos
6. Se apaixonar
7. ..

Ano novo, vida nova e… as mesmas metas de final de ano!

A vidada de um ano é um ponto marcante em nossos dias. Pois, marca uma transição para um novo tempo com novas possibilidades. Temos nessa virada o momento ‘ideal’ para fazer as promessas e planos de mudanças e conquistas que queremos realizar, mas temos procrastinado.

Ao nos aproximarmos da virada, costumamos tirar um tempo para escrever nossas resoluções do novo ano. Pensamos em todas as coisas que queremos mudar em nós mesmos e em nossas vidas. Mas, o que parece se repetir a cada ano é que, por poucos meses ou dias, até conseguimos manter aquele compromisso. Mas, é muito comum com o passar do tempo, esquecermos dessas promessas e retornar aos velhos hábitos e comportamentos.

Ao perceber que mais um ano se encerrou e nada foi concretizado, ficamos mais uma vez frustrados. Assim, nos vemos novamente a reescrever as mesmas metas para a próxima virada. 

Eis uma pergunta: Por que será que mesmo pessoas relativamente competentes em manejar a própria vida, caem nesse ciclo de não realização dos seus planos? O que poderia ter dado errado?

Ano novo, vida nova e… as mesmas metas de final de ano!

 Ouça abaixo a entrevista da psicóloga Júlia Maria Alves sobre este tema para a rádio Inconfidência (16/12/2016) pelo site da rádio ( Clique aqui ) ou aperte o play aqui embaixo:

Mudar é muito difícil?

Uma crença que limita a conquista de nossas metas é de que mudar é muito difícil. Entretanto, a mudança não precisa ser difícil, mas certamente é desconfortável. Nossa tendência é buscar pelo equilíbrio. Pois, representa um conforto e o menor gasto de energia. Mas, nossos planos e sonhos estão do lado da mudança, representam alguma evolução e a conquista de novos patamares. São direções contrárias, logo, mudar pressupõe o desconforto! E significa fazer nosso corpo e mente sair desse ponto de equilíbrio em que estamos. Ou seja, sair da famosa “zona de conforto” em busca do novo e desconhecido, porém almejado.

O que estou fazendo de errado?

É muito comum criarmos uma grande expectativa na mudança. Também pode existir uma enorme pressa (ou pressão) para mudar. E, talvez por isso, acabamos criando metas surreais, que facilmente nos frustrarão e serão abandonadas. Seguem algumas dicas na hora de estabelecer as suas metas de ano novo:

1. Quantificar e especificar as metas

Metas que não são específicas e claras – por exemplo, quando delimitamos metas muito vagas, como “perder peso” ou “ser mais comunicativo” – tornam o objetivo ainda mais difícil. Pois, como posso chegar em algum lugar se não sei aonde é esse lugar?

Quando o objetivo é mais concreto e você específica aonde deseja chegar e os passos para isso, podemos ter uma noção melhor do que é possível fazer para atingi-lo. É mais simples atingir a meta de “correr 30 minutos por dia” do que “correr mais”.

2. Estabelecer prazos e passos

Toda corrida precisa de um ponto de partida, um trajeto e um ponto de chegada. Sem uma data para o inicio e final, esse projeto se torna ainda mais improvável de acontecer. Estipular prazos para cada etapa. Por exemplo, se meu objetivo é perder 20 kg, posso estipular pequenas metas de 2 kg por mês. Sendo que, ao final de cada mês posso me pesar e visualizar como está minha evolução dentro dessa meta e me policiar para não escorregar. Isso também serve como um reforçador, pois me permite celebrar pequenas vitórias em prol de uma meta maior, que é mais difícil.

Cuidado apenas para não estabelecer metas irreais! Por mais que queira, não vou conseguir correr uma maratona de 40 km sem o preparo físico necessário. Mesmo com disciplina e força de vontade será muito difícil de alcançá-la. Metas impossíveis e irreais podem fazer com que desanimemos completamente do nosso projeto.

3. Manter a meta simples 

Quanto maior o número de metas e quanto mais complexas forem, maior a chance de nos frustramos e desistirmos. Algumas metas exigem muito comprometimento, por exemplo, perder os 20 kg, aprender a tocar piano, começar uma disciplina do mestrado e parar de fumar. Se me comprometer com várias metas ao mesmo tempo é possível que, ao invés de se motivar com as mudanças, fique altamente estressado e cansado e algumas metas fiquem perdidas pelo meio do caminho. Apesar da tentação de se propor ao “ano novo, vida completamente nova”, cheia de metas, riscos e desafios, procure simplificar e concentrar em apenas um grande objetivo. Após concluí-lo, será mais simples partir para o sonho seguinte.

4. Monitorar, compartilhar e celebrar 

Não apenas acompanhar e registrar seus passos, é importante celebrar as pequenas conquistas. Essa celebração traz motivação para continuar e ainda torna a vida mais leve e feliz. Dividir seu objetivo com outras pessoas pode aumentar a sua responsabilidade, motivação e comprometimento para cumpri-lo. Eles também poderão celebrar conosco e vibrar com essas pequenas conquistas. Use tudo ao seu favor, inclusive as novas tecnologias, já existem programas e aplicativos acessíveis que podem ajudar nesse tipo de controle.

Por um lado, se você for uma pessoa mais reservada e não quiser fazer muito alarde sobre suas promessas. Pode apenas compartilhar com as pessoas mais íntimas, ou com ninguém e apenas se monitorar fazendo anotações em um diário ou agenda, por exemplo. Anote o quanto evoluiu, como fez isso e observações sobre o esforço e sentimentos envolvidos nessa conquista – o que normalmente deixamos de lado.

Por outro lado, caso se sinta confortável com isso, pode usar as mídias sociais para registrar os seus passos. As mídias não são vilãs quando sabemos usá-las com sabedoria e cautela. Posso registrar ao final de cada mês com uma foto aqueles dois quilos a menos, também receberei incentivos e votos do meu círculo social, o que pode ser um grande motivador.

Algumas mídias permitem acessos a grupos de pessoas que estão vivenciando as mesmas mudanças que você. Compartilhar seus passos, evoluções e falhas nesses grupos, pode permitir que um dê força ao outro quando a força de vontade faltar.

5. Abrace e aceite suas recaídas 

Cuidado com o pensamento do “tudo ou nada”! Somos humanos, estamos sujeitos às falhas. É provável que, em alguns momentos ou períodos, o seu progresso e dedicação sejam menores ou não estejam exatamente como o planejado. Aceite isso! E ficará mais fácil seguir em frente.

Não é porque hoje estou com preguiça de correr, ou porque está chovendo, ou porque comi muito bolo naquela festa, que o seu projeto está fracassado e não tem mais chances de se concretizar. Mesmo que não siga tudo a risca ainda é possível chegar lá! Talvez demore um pouco mais ou talvez precise de ajuda extra, mas é preciso ser compreensivo com os seus limites e experiências e se adaptar às condições reais.

Se necessário, busque ajuda!

Temos uma péssima mania de esperar conseguir tudo sozinhos, ser fortes e independentes. Receamos buscar ajuda, mesmo quando ela é necessária. Se uma meta parece muito pesada ou difícil, lembre-se: Ela não precisa (nem deve) ser! Se perder peso está muito complicado, busque ajuda médica ou de um nutricionista. Converse com seus familiares para todos mudarem alguns hábitos juntos. Da mesma maneira devemos pensar para as mudanças comportamentais e emocionais. Não precisa ser tão pesado, busque ajuda psicológica!

quem somos julia

Júlia Maria Alves

Psicóloga graduada pela UFMG (2009), com especialização em Clínica Psicanalítica na atualidade pela PUC-MG (2021) e em Gestão de Pessoas pela Fundação Dom Cabral (2012). Atua com atendimento clínico e orientação profissional e gestão de carreira.

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  1. Ana Carolina Andrade Porto 20 de dezembro de 2016 at 19:15 - Reply

    Lucas Alves

  2. Ana Cristina Cunha 20 de dezembro de 2016 at 15:44 - Reply

    Parabéns minha linda.. ..saudades!! ! Muito Sucesso!! !

  3. Marli Pereira 20 de dezembro de 2016 at 15:37 - Reply

    Vale a pena! ♡