Você tem medo de mudar?
O quanto sou resistente à mudança? Gostaria de convidá-los a refletir sobre este tema a partir da sua experiência. Quando se pensa em mudança o que vem a mente? Qual é a sensação que aparece? Insegurança, entusiasmo, motivação, angústia, desconforto, curiosidade, medo?
Segundo Heráclito, filosofo pré-socrático, a única coisa permanente é a mudança, portanto, este é um processo inerente à condição humana. Sejam todos bem-vindos a esta experiência. Quantas vezes lutamos contra uma mudança ou quantas vezes resistimos a ela?
Por que isto acontece? O conhecido é um lugar que acalma, que tranquiliza, traz conforto e sensação de poder. Mas, sem dúvida, é também um lugar que aprisiona, pois o torna blindado ao novo, ao que se pode revelar.
A mudança traz a todo o momento a abertura para o não saber. O quanto é possível tolerar o não saber em uma sociedade em que ter controle e saber de tudo a todo momento se faz tão valorizado? Como é perder ou sair do controle?
Uma mudança possibilita a oportunidade de se rever, de avaliar o que não serve mais em nós, de retomar algo que estava adormecido, de perceber se estamos de acordo com quem somos ou com quem gostaríamos de ser, enfim, de se reinventar.
O que na maioria das vezes nos move é o desconforto, a mudança, pois é ela que nos mobiliza construir novos repertórios, ampliar reflexões, expandir vivências e projetar algo para o futuro, possibilitando refletir nossa própria história durante a transição.
Um caminho para lidar com a vulnerabilidade que a mudança sugere é compreender a vivência, olhar para dentro, acessar os desconfortos, descobrir os significados e a maneira possível de lidar com a situação de mudança naquele momento.
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Casar, ingressar na faculdade, finalizar um trabalho, construir uma casa, iniciar um namoro, ter um filho, mudar de país, encerrar uma relação, são exemplos que mobilizam em nós mudanças.
Somos formados pelo nosso passado e também pelo futuro que se projeta a partir de como consigo lidar com as mudanças no agora, podendo descobrir gradativamente mais de quem eu sou, de quem eu não sou mais e de quem eu gostaria de ser.
A maneira como você lida com as mudanças vão revelando ao longo do tempo a sua maturidade, possibilitando saber o quanto você está aberto ou resistente às mudanças.
Finalizo com a pergunta: E você, como tem lidado com as mudanças?
Texto de Paula Lima – Personal & Professional Coach
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