Abraçamos como celebração de uma data especial, de uma conquista ou de um sentimento. Também abraçamos para consolar diante de uma dor, perda ou de um estado de sofrimento. O abraço é um refúgio, um ninho e uma morada, em seus múltiplos significados oferece amor, conforto, segurança, apoio e carinho.

 “Tem que ter pegada, jeito, curva.
Aperto suave que pode virar colo.
Alento tenso, que pode virar despedida.
Abraço é confissão.
Abraço não pode ser rápido, senão é empurrão.

Fabrício Carpinejar

O ato de abraçar é uma das formas mais calorosas e íntimas de demonstração de afeto, talvez até mais reveladora do que o próprio encontro sexual. Essa intimidade pode ser desafiadora para muitas pessoas, especialmente em algumas culturas mais formais. Quando abraçamos, nossos corações se tocam e nossas emoções são compartilhadas diretamente, sem a necessidade de palavras. Esta é uma forma pura de diálogo – um encontro silencioso, mas profundamente significativo.

O abraço é um espaço onde nos sentimos protegidos e acolhidos e, também, pode ser um recurso curativo e terapêutico. Ao abraçar criamos um espaço único, um instante de conexão em que corpo e coração se encontram. Mário Quintana o explicou lindamente no poema O Laço e o Abraço :

“Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço…
uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola,
vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração,
tudo isso cercado de braço.
Mário Quintana

Os benefícios vão muito além do afeto: ele promove bem-estar, reduz o estresse, alivia a ansiedade e tem até efeito antidepressivo. Segundo estudos científicos, o abraço estimula a liberação de oxitocina , conhecido como o “hormônio do amor”, que reduz a pressão arterial, diminui o cortisol (hormônio do estresse) e proporciona uma sensação de segurança e conexão.

De acordo com o neurofisiologista Jürgen Sandkühler , da Universidade Médica de Viena, o ato de abraçar pode:

• Reduza o medo e a ansiedade;
• Relaxar o corpo;
• Aliviar emocionalmente;
• Melhorar a autoestima e o altruísmo.

A escritora Katheleen Keating, em seu livro “A Terapia do Abraço” , afirma que a solidão é o sofrimento mais comum da nossa sociedade moderna. Muitas pessoas resistem ao carinho por considerá-lo um sinal de fraqueza, especialmente entre os homens.

Abraçar é simples, gratuito e não exige nenhum recurso ou habilidade especial. Ele nos conecta com quem somos e com quem está ao nosso redor. Mesmo que seja apenas pelos benefícios para a saúde, vale a pena se permitir essa experiência!

Que tal abraçar mais? ❤️

Para se inspirar, assista ao vídeo: (ou então assista diretamente por aqui)

• Psicanalista indica que é hora de resgatar o abraço por ser terapêutico, aliviar e consolar.
• Keating, K. (1983). O livro da terapia do abraço. (Você pode encontrar o livro na amazon)

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