[su_quote cite=”Sören Kierkegaard”] A ansiedade é um desejo daquilo que tememos, um temor daquilo que desejamos, uma antipatia-simpática. É um poder estranho que agarra o indivíduo sem que ele possa desvencilhar-se dele, nem queira desvencilhar-se, pois tem medo disso. Mas esse medo é também um desejo. [/su_quote]

A ansiedade está cada vez mais presente em nossas vidas agitadas. Isso porque vivemos conectados ao relógio, às notificações do celular, às tarefas intermináveis e às exigências sociais. Apesar de nos acostumamos a esse ritmo frenético, frequentemente ignoramos nossos limites. E isso tem um custo elevado.

Podemos dizer que sentir ansiedade é sentir-se preocupado ou nervoso diante de algo. A ansiedade costuma ser algo normal, por exemplo, muitas pessoas sentem ansiedade quando estão tendo problemas pessoais, no trabalho, familiares, etc. Em sua essência, a ansiedade tem uma função adaptativa. Ela nos prepara para situações desafiadoras, motivando ações que evitam perigos ou minimizam suas consequências. Nesse sentido, pode aumentar nossas chances de sucesso.

Contudo, quando a ansiedade é intensa, frequente ou constante e quando ocorre sem uma ameaça real, ela deixa de ser útil e pode prejudicar a vida cotidiana, podendo caracterizar um transtorno de ansiedade.

Em resumo, é possível que a pessoa esteja apresentando um transtorno de ansiedade caso:

• Ela esteja quase sempre se sentindo ansiosa, mesmo quando não esteja tendo problemas ou os problemas não sejam tão sérios assim;

• A ansiedade é tão intensa que interfere com a vida; E fica muito difícil de compreender ou lidar com ela.

• Além de sentir-se ansiosa, a pessoa pode ter uma ampla gama de sintomas, como falta de ar, tontura, sudorese e frequência cardíaca acelerada;

• Alguns problemas médicos também podem causar ansiedade (por exemplo, doença cardíaca, doenças pulmonares ou uma glândula tireoide hiperativa);

• Muitos medicamentos e entorpecentes podem causar ou piorar a ansiedade (por exemplo, anfetaminas, cafeína, cocaína e corticosteroides)

Com base no DSM-V, vamos explorar brevemente os transtornos de ansiedade mais comuns:

Identificar-se com os sintomas descritos não substitui um diagnóstico profissional. É essencial procurar um especialista que olhe para você como um indivíduo, não apenas como um rótulo de diagnóstico. O primeiro passo é reconhecer que você merece ajuda e dar-se a oportunidade de ser acolhido.

Se você sente que a ansiedade está prejudicada em sua qualidade de vida, procure um profissional qualificado. Lembre-se: pedir ajuda é um gesto de coragem e cuidado consigo mesmo.

1. Texto atualizado em Jan/2025.
2. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5th edition, Text Revision DSM-5-TR. American Psychiatric Association Publishing, Washington, DC, pp 235-250.